domingo, 27 de abril de 2014
Na última semana a Ubisoft Montreal abriu para Open Beta um de seus games Free to Play na Steam lançado em novembro de 2013, The Mighty Quest for Epic Loot. Abaixo o trailer de lançamento:


“É crucial que conheçamos os anais da história para embarcarmos nessa jornada, as histórias nos tempos antigos da cavalaria e blábláblá. Vamos pular para a parte boa. Havia um reino tão rico com propriedades tão caras que seus habitantes transformaram isso numa crise de estado. Usando o poder da... mágica ou algo do tipo eles levantaram os castelos para os CÉUS e então nasceu o reino de OPULÊNCIA! Mesmo assim, nenhum castelo estava a salvo das bisbilhotices dos vizinhos e não demorou muito para que os opulencianos enchessem seus castelos de monstros e armadilhas, buscando proteger suas riquezas, como os gatos fazem para proteger o canto quente da cama. As promessas de aventura e de ganhar dinheiro sujo eram como uma canção de sereia no ouvido dos aventureiros e do mundo todo eles vieram até os reinos dos céus, provavelmente usando mágica ou algo do tipo...”
    
Acima, o resumo da introdução do jogo em CG é todo feito como um daqueles livros infantis em que as imagens se mexem em um tom bem-humorado e no final somos apresentados à figura do duque de Opulência, ele será o ‘tutor do game’, nos passando missões e guiando do tutorial.
É possível escolher uma classe entre quatro – Um cavaleiro besta, um arqueiro caolho, um mago hardcore e uma bárbara que ‘nasceu para o rock’. Apenas um é liberado e não tem como trocar, caso queira criar mais de um personagem é preciso pagar outro slot. O arqueiro foi meu escolhido para essas minhas primeiras impressões.
  
As habilidades são desbloqueadas conforme seu herói sobe de
nível, e não há pontos de atributos.
Enquanto entrávamos numa dungeon para sermos apresentados à mecânica do jogo tudo parecia seguir a linha de Torchlight, com um gráfico voltado para o cartoon e um skill set bastante simplório – mesmo. Não há uma árvore de habilidades ou pontos para se escolher e gastar, as habilidades aparecem e tem que disputar espaço com as poções em apenas 5 hotkeys (os números 1, 2 e 3, o botão direito do mouse e a letra ‘q’).
Após sair da dungeon o duque tutor reconhece nosso valor e nós ganhamos um castelo para guardarmos nossas riquezas, completar com monstros e tudo mais. Nessa parte, porém, as coisas parecem mudar de perspectiva. O jogo que tendia a ser espelhado por Torchlight se torna um daqueles jogos sociais – como Clash of Clans – onde o tutor pede que coloquemos minas de ouro e de cristal para produzirmos, que criemos algumas estruturas e que façamos alguns upgrades para podermos melhorar mais ainda e nos protegermos dos outros jogadores que invadirão nosso castelo.
Toda dungeon é completada ao chegar nessa sala e a porta só
se abre após derrotar os monstros que estão próximo dela.
O recurso chega a ser interessante, uma vez que você pode mudar especialidades e a área em que os monstros entram em alerta, subir os níveis e modificar toda a estrutura de seu castelo e enche-lo de armadilhas. Um pequeno detalhe, porém, é que você tem que derrotar todo o seu castelo a cada pequena modificação que você fizer, e tem que passar por tudo – caso você deixe algum monstro vivo, ele ficará ‘dormindo’ quando algum player eventualmente invadir seu castelo. 
Joguei todo o primeiro bloco de missões e cheguei a desbloquear uma grande gama de recursos disponíveis para preencher meu castelo e entender a mecânica das armadilhas e dos monstros. O jogo possui uma qualidade visual não singular mas muito interessante. O cenário, os monstros e as armadilhas são todos bem sintonizados com sua esfera “cartunesca” e com uma pitada de humor – o primeiro monstro a ser derrotado é uma galinha relativamente grande. A própria jogabilidade incorpora esse traço e faz com que seja possível resolver grande parte do jogo usando apenas seu mouse sem correr grandes riscos de mortes.

Seu castelo possuí um 'nível de defesa' que controla a
quantidade de monstros e armadilhas que você pode colocar em
seu castelo, representado pela barra amarela.
Todas essas características me levam a crer que The Mighty Quest for Epic Loot seria uma fusão de jogos sociais – principalmente Clash of Clans – com Torchlight, em que jogadores mais sérios não terão muito espaço. Aos que quiserem sucesso na jogatina, estejam prontos para investir uma quantia razoável nas pedras verdes – moeda do jogo que é comprada via transações reais para atualizar construções do seu castelo, comprar equipamentos, abrir slots e coisas do tipo.

Essas características podem mudar após o fim do período BETA ou até mesmo nas próximas missões, porém o jogo aparenta não mostrar dificuldades para que o jogador ataque castelos alheios ou que progrida nas missões, falhando em criar um ambiente propício para que o jogador se sinta desafiado e instigado a progredir nas suas missões.

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